DE ONDE VEM O DINHEIRO DA RENTABILIDADE NAS APLICAÇÕES DE RENDA FIXA?
- Ímpar Inteligência em Investimento
- Aug 21, 2023
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Essa é uma dúvida comum entre investidores menos experientes. Vamos entender de onde vem a rentabilidade das aplicações de renda fixa.
Qualquer aplicação de Renda Fixa (CDB, Tesouro Direto, Debêntures, entre outras) é sempre um empréstimo que o(a) investidor(a) faz para receber o dinheiro de volta acrescido de uma taxa de juros depois de um prazo. Ou seja, quando você aplica no CDB do Banco XYZ, você está emprestando dinheiro para o banco realizar as suas atividades, no caso, emprestar dinheiro para outras pessoas e empresas. O banco pega dinheiro emprestado com o(a) investidor(a) através de um CDB, pagando por exemplo 10% ou 12% ao ano de juros (rentabilidade para o investidor), e usa esse dinheiro fazendo empréstimos para outras pessoas e empresas cobrando 20% ou 30 % ao ano. Essa diferença é exatamente o lucro dos bancos.
No caso do Tesouro Direto, o(a) investidor(a) está financiando o Governo (Tesouro Nacional), ou seja, quando “aplicamos” no Tesouro Selic, ou no Tesouro IPCA+, na prática estamos emprestando dinheiro para o Governo, com a condição de receber juros por isso (rentabilidade da aplicação), e o Governo vai usar esse dinheiro para tocar os projetos na área da saúde, educação, infraestrutura etc.
E quando sua aplicação de renda fixa for em uma Debênture, o seu dinheiro será utilizado para financiar os negócios daquela empresa, como expandir sua área de atuação, financiar novos projetos ou investir em inovação e tecnologia.
E se o(a) investidor(a) decidir aplicar em Fundos de Renda Fixa seja de Previdência ou não, dentro desses Fundos temos exatamente esses títulos: Tesouro Selic, CDBs, Debêntures etc.
Ou seja, os poupadores são uma peça fundamental para o sistema de crédito do mercado. É com o dinheiro dos investidores, que foi “captado” através dos Títulos do Tesouro (além da arrecadação de impostos), que o Governo toca projetos que considera prioritários. É também com o dinheiro de quem aplica na famosa “Renda Fixa” que os bancos conseguem captar dinheiro e financiar as micro, pequenas e médias empresas de diversos setores que fazem girar a roda da economia, contratando parte relevante da força de trabalho e gerando um número enorme de empregos. É também com o dinheiro dos investidores comuns, que aplicam em Debêntures, CRIs e CRAs, que empresas de grandíssimo porte em diversos setores (telecomunicações, energia, saneamento básico, papel e celulose) conseguem se financiar e tocar seus projetos contratando milhares de pessoas e gerando renda para a economia como um todo.
É um ganha-ganha. O(a) investidor(a) fica satisfeito(a) com a rentabilidade que recebe pela aplicação. O Governo, os bancos e as empresas conseguem captar os “escassos” recursos que o “mercado” oferece, e assim a roda da economia consegue girar da maneira mais vigorosa.
Até breve!

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