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Writer's pictureÍmpar Inteligência em Investimento

Inflação implícita



Antes de falarmos sobre inflação implícita, vamos entender três coisas: juros nominal, juros reais e a NTN-B ou Tesouro IPCA+ (título público brasileiro).


Na prática, a taxa de juros nominal é a taxa expressa em contratos de empréstimos, financiamentos e/ou aplicações financeiras. Por exemplo: imagine uma aplicação em título público prefixado de 1 ano que venceu hoje e rendeu o equivalente a 12%. A taxa nominal dessa aplicação foi de 12%.


Os juros reais são os juros nominais descontados da inflação no período. Ou seja, a diferença entre os juros nominais e a inflação no mesmo período. Por exemplo: imagine uma aplicação que foi feita há 1 ano e rendeu 13,50%, sendo que a inflação nesse mesmo período foi de 5,19%. Depois de um cálculo financeiro, os juros reais dessa aplicação foram equivalentes a 7,90%. Os juros reais mostram o quanto essa aplicação gerou de riqueza para o investidor ou investidora.


NTN-B ou Tesouro IPCA+ é um título público indexado à inflação. De maneira simples, é um investimento que vai render IPCA (inflação) + uma taxa de juros (juros reais). Agora, a inflação implícita é um termo utilizado por economistas para designar a diferença entre a taxa de juros nominal (encontrada em um título público prefixado) e os juros reais (taxa expressa em título público indexado à inflação – NTN-B).


Em outras palavras, é a diferença entre a taxa de juros de um título público prefixado e a taxa de um título público atrelado à inflação, geralmente NTN-B ou Tesouro IPCA+, referente ao mesmo vencimento. O resultado desse cálculo pode ser compreendido como a precificação que os agentes de mercado estão colocando para a inflação em determinado período no futuro. Exemplo:


Título público prefixado (LTN);

Prazo: 1 ano;

Rentabilidade: 11%.


Título público atrelado à inflação;

Prazo: 1 ano;

Rentabilidade: IPCA + 6,50%.

Nesse exemplo, a inflação implícita para os próximos 12 meses (1 ano) está sendo precificada em 4,23%. É uma expectativa de inflação futura. Essa análise também é feita para outros períodos, como por exemplo: inflação implícita para 2, 3, 4 anos, e assim por diante. Muitos gestores, analistas e agentes econômicos monitoram essas informações diariamente, porque elas podem impactar seus investimentos e, sobretudo, direcionar a política monetária do Banco Central. Um dos trabalhos do Banco Central é levar a inflação ao centro da meta por meio de ajustes na taxa de juros. O Banco Central tem outras maneiras de monitorar a inflação implícita, porém, se as expectativas de inflação futura mudam, o Banco Central precisa agir.



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