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Writer's pictureÍmpar Inteligência em Investimento

INVESTIMENTOS NA ERA DA TECNOLOGIA E DA INFORMAÇÃO



Quem tem mais de 40 anos deve lembrar como era investir no mercado financeiro até o começo dos anos 2000. Havia poucas opções disponíveis no varejo, e, se quiséssemos fugir da caderneta de poupança ou dos CDBs de 80% do CDI dos grandes bancos, era necessário ir, na maioria das vezes, até uma agência bancária para assinarmos documentos e realizarmos a transferência dos recursos via TED ou DOC. Feita a aplicação, grande parte dos investidores só voltava a ter algum contato ou informação sobre o andamento dos investimentos através do extrato bancário, que chegava uma vez por mês através dos Correios. Algumas pessoas abriam este extrato para checar o saldo, conferir os cheques compensados e davam uma breve conferida na rentabilidade dos investimentos. Mas, muitas vezes, esse extrato sequer era aberto. Ele acabava sendo guardado em uma gaveta qualquer, e o investidor(a) só teria um novo contato com aquele investimento na hora de enviar a declaração anual de Imposto de Renda. Naquela época, a maior parte dos investidores não era impactada pelas notícias e ruídos de curto prazo, pois só checavam a oscilação uma vez por mês. Em alguns casos, poucas vezes por ano.

Com o avanço da tecnologia, esse cenário mudou completamente. Redes sociais, blogs, sites e plataformas de investimentos levam cotações e notícias para a palma da nossa mão na velocidade da luz.

O que antes era restrito a profissionais do mercado financeiro, agora está acessível a todos e a qualquer momento. Posso ver as cotações e notícias no meu celular antes do café da manhã, durante o almoço, no fim da tarde. Com poucos cliques, temos milhares de ativos locais e no exterior disponíveis para investir. A evolução sob o aspecto da transparência, das facilidades e das possibilidades foi incrível e certamente continuará gerando benefícios para o país e todos os participantes do mercado.

Mas toda essa revolução também trouxe alguns efeitos colaterais com os quais precisamos aprender a lidar.

O excesso de informação ou superexposição pode levar o(a) investidor(a) a tomar decisões precipitadas. No curtíssimo prazo, fica muito difícil diferenciar ruído de mudança de cenário e, como a informação chega para todos os participantes ao mesmo tempo, a velocidade dos ajustes é brutal, o que exacerba os movimentos de valorização ou desvalorização. A cotação que antes era vista uma vez por mês, agora pode ser vista segundo a segundo, causando stress em demasia, principalmente aos investidores mais conservadores ou menos experientes. Temos a sensação de que o sistema está nos compelindo a investir na alta e resgatar na baixa, quase uma bruxaria. É preciso muito autocontrole e principalmente conhecimento para evitar cair nestas armadilhas.

A recomendação de ouro – que nem o tempo e o avanço da tecnologia mudam – é manter uma carteira bem diversificada, alinhada com seus objetivos e com seu horizonte de prazo. E, na dúvida, sempre peça ajuda a um(a) profissional da sua confiança.


Até breve!



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